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sábado, 27 de junho de 2015

ÚLTIMO SUSPIRO - DESPRENDIMENTO DO CORPO APÓS A MORTE:



*
Pergunta: Quando uma pessoa morre, o espírito sai do corpo,
no mesmo instante do último suspiro? Ou demora para sair? Pergunto isso, porque
meu pai, quando morreu, quase no mesmo instante, foi visto por minha tia na
casa dela em outra cidade. Isso é possível?

RESPOSTA DE HERCULANO PIRES:

“Sim. Isso é possível. É possível, porque o espírito, ao se
desprender do corpo, o faz de acordo com sua situação espiritual.
As pessoas que demoram a se desprender do corpo, que ficam
muito tempo apegadas ao cadáver, são aquelas que viveram uma vida intensamente material. O pensamento voltado sempre para as coisas materiais, pouco se preocupando com os problemas espirituais. Então elas se sentem, naturalmente
apegadas aquilo, ao que seu pensamento esteve sempre voltado. É uma questão de hábito. E têm dificuldades em se retirar do cadáver.
Mas pessoas já mais espiritualizadas, que não passaram a
vida apenas para viver materialmente e que souberam elevar o seu pensamento, souberam pensar em Deus, pensar que existe outra vida e que souberam ser úteis ao próximo, dar-se a si mesmo em beneficio dos outros, ao invés de querer tudo
para si, essas pessoas geralmente saem com muita rapidez.
Mal o corpo começou a perder sua vitalidade, o espírito vai
abandonando-o, sai com rapidez. E pode, conforme o grau evolutivo que a pessoa atingiu no plano moral, imediatamente comunicar-se com pessoas distantes.
No caso dessa sua tia, por exemplo, poderia ter sido. Não
sei se foi. Poderia ter sido um aviso de morte. Porque geralmente os espíritos fazem isso. É um dos casos, que levou a parapsicologia atual a incluir no seu esquema fenomênico, um novo tipo de fenômeno, chamado de fenômeno Teta.
Teta, quer dizer fenômenos relacionados com a morte. Porque
Teta é a oitava letra do alfabeto grego, com a qual se escreve morte em grego.
Então os cientistas tomaram essa letra, como designativas desses tipos de fenômenos. Os fenômenos principalmente de aviso de morte. Porque esses fenômenos foram comprovados exaustivamente pelas pesquisas parapsicológicas.
Hoje, cientificamente o aviso de morte é uma verdade. É uma
realidade. Então nós vemos que as pessoas que morrem, podem comunicar-se com outras à distância, mostrando a elas que morreram, dando um sinal. E esse sinal consiste em aparecerem ou em provocarem um fenômeno qualquer como sendo a
derrubada de seu retrato que está na parede ou outro sinal qualquer que desperta na pessoa a idéia daquela pessoa que morreu e ao mesmo tempo a relaciona com um problema que ela vai ter que solucionar. Ela vai saber o que aconteceu com a pessoa e aí descobre que morreu. De maneira que a manifestação de seu pai a essa sua tia é perfeitamente viável.”
(PROGRAMA DE RÁDIO “NO LIMIAR DO AMANHÔ DATADO DE
22.06.1974)
por José Herculano Pires ”

OS TRÊS ASPECTOS DO ESPIRITISMO:




Eu costumo dividir o Espiritismo em três aspectos básicos: a parte moral , contida no O Evangelho Segundo o Espiritismo (a mais essencial de todas, alicerçada nos ensinamentos morais de Jesus contidos nos 4 evangelhos bíblicos e comentada nessa obra pelos espíritos), a parte onde se ensina como exercer de forma segura a mediunidade embasada no O Livro dos Médiuns. Essas duas partes, embasadas nesses dois livros, são a base imutável do Espiritismo, da Doutrina dos Espíritos, pois sem a busca da reforma moral de atitudes e sem a busca do desenvolvimento mediúnico com segurança, responsabilidade e nobres objetivos certamente não se formarão bons médiuns. A terceira parte constitui o estudo das comunicações espirituais em si, na busca do progresso moral e intelectual, para que assim se atinja o progresso espiritual e o melhor aproveitamento do espírito encarnado da oportunidade evolutiva que tem na presente encarnação terrestre. Nas cinco obras da codificação, o estudo dessas comunicações constitui o tema principal do O Livro dos Espíritos (base filosófica da Doutrina dos Espíritos), O Céu e o Inferno e A Gênese, sendo que na verdade essas três obras são a introdução ao estudo embasado nas comunicações mediúnicas, são, portanto, os tijolos que vão sendo acrescentados ao edifício espírita. Podemos observar claramente que dentre esses tijolos estão às obras de Chico Xavier e de vários outros médiuns.


Temos, portanto nas três partes: a busca pela reforma moral, o estudo da mediunidade e o estudo das comunicações mediúnicas.





Podemos observar isso em algumas passagens dos 5 livros da codificação e algumas do próprio Kardec:


"O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de maneira completa no Livro dos Espíritos, em seu aspecto filosófico, no Livro dos Médiuns, em sua parte prática e experimental, e no Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu aspecto moral”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão - Allan Kardec)


“O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão – Allan Kardec)


"O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. É uma ciência de observação que, repito, tem consequências morais que são a confirmação e a prova dos grandes princípios da religião; quanto às questões secundárias, ele as abandona à consciência de cada um”. (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)


"O Espiritismo funda-se na existência de um mundo invisível, formado pelos seres incorpóreos que povoam o espaço e que não são mais que as almas daqueles que viveram na Terra, ou em outros globos, nos quais deixaram seus invólucros materiais. São os seres a que chamamos Espíritos, seres que nos cercam e incessantemente exercem sobre os homens sem que estes o percebam, uma grande influência" (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)


"O Espiritismo tem por fim demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do Mundo Espiritual." (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)


"Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos de ordem nova se apresentam que não podem ser explicados pelas leis, conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, partindo dos efeitos às causas, chega à lei que os rege, depois deduz as conseqüências e busca as aplicações úteis. O Espiritismo não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não se apresentam como hipótese nem a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina;conclui-se pela existência dos Espíritos porque essa existência resultou como evidência da observação dos fatos; e assim os demais princípios. Não foram dos fatos que vieram posteriormente confirmar a teoria, mas foi a teoria que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. Rigorosamente exato, portanto, dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação e não o produto da imaginação" ( A Gênese capitulo 1, item 14)





"O Espiritismo é, ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam essas mesmas relações”. (O que é o Espiritismo)


"Do ponto de vista religioso o Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras, sendo, porém, independente de qualquer culto em particular. Seu objetivo é provar àqueles que negam, ou que duvidam que a alma exista que ela sobrevive ao corpo e que sofre, após a morte, as conseqüências do bem e do mal que praticar durante a vida corpórea: o objetivo de todas as religiões”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão - Allan Kardec)


"O Espiritismo, firmado no conhecimento de leis ainda não compreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, mas torná-los mais aceitáveis, dando-lhes explicação racional. O que ele vem destruir são as falsas deduções daquelas leis, por erro ou ignorância”. ( Obras Póstumas - Allan Kardec)


"Assim, como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução”. Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve completa e explica em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir e preparar a realização das coisas futuras." (O Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo 1, item 7)





Outra questão muito interessante é quanto ao entendimento de que o Espiritismo é uma religião. No sentido atual que vemos ter se transformado a religião , baseada em liturgias, cerimônias sacerdotais e vestes especificas, certamente podemos dizer que o Espiritismo não é religião , mas caso apliquemos o sentido original da palavra religião , o religare, a busca da conexão do homem a sua essência interna ( espírito) para assim buscar sinceramente a evolução espiritual e Deus, então sim, podemos entender que no seu sentido original a palavra religião expressão o caráter da doutrina Espírita. Vejamos o que Kardec disse no discurso realizado na sociedade espírita de Paris em novembro de 1868 e publicado um mês depois na revista Espírita:


"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e de crenças. O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é, pois, um laço, um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito


Se assim é, perguntarão então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza. Porque, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há uma palavra para exprimir idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública”.


Kardec exprime muito bem nesse discurso que o Espiritismo não deve se ater a formulas que falem mais aos olhos ( exterior) do que ao espírito (interior). O caráter essencial do Espiritismo está na busca do intercambio mediúnico, para que assim novas informações dos espíritos amigos cheguem e enriqueçam a Doutrina dos Espíritos, no seu aspecto intelectual e moral, pois certamente há de se compreender que o conhecimento sobre o mundo invisível e dos espíritos também evolui, dessa forma torna-se impossível querer restringir o Espiritismo as obras do Pentateuco ou de alguns poucos médiuns. O próprio Chico Xavier foi muito combatido por muito espíritas quando lançou o livro “Nosso Lar” e até os dias de hoje muitos “espíritas” não aceitam as obras dele, considerando Andre Luiz e Emmanuel obsessores do saudoso médium. Esses “espíritas” são conhecidos na doutrina como os ortodoxos, por tentarem transformar o Pentateuco Espírita numa Bíblia imutável e Kardec no supremo papa infalível e "sacerdote mor" do Espiritismo.


Levando em conta o discurso de Kardec em 1868 e o sentido atual que as pessoas têm da palavra religião, podemos compreender que o Espiritismo é muito mais uma Doutrina nos dias de hoje, palavra que talvez se encaixe melhor, pois a religião no sentido original da palavra acabou por ser deturpado pelas práticas “religiosas” das Igrejas Cristãs, transformando o Cristianismo Primitivo de encontros e reuniões simples, em humildes casas (eklesia) ou ao ar livre, como os sermões de Jesus e dos apóstolos as mais diversas comunidades, transformados em cultos e cerimônias litúrgicas em templos suntuosos, com vestes especificas e uma preocupação muito maior com o culto material e cerimonial do que a busca sincera pela espiritualidade interior.


O Espiritismo em seu caráter é progressista, o progresso faz parte da sua essência filosófica, ou seja, as informações advindas do mundo espiritual estão em constante processo de evolução, ate porque o próprio mundo invisível e os espíritos que nele habitam também evoluem, progridem. Se os espíritos superiores não desejassem que novos conhecimentos da vida espiritual chegassem ao homem , não teriam dedicado um livro inteiro pra ensinar como se deveria realizar essa comunicação, entre espíritos encarnados e desencarnados. O Espiritismo deve, portanto, evoluir sempre, mantendo sua base moral alicerçada no evangelho de amor de Jesus e mantendo sua base de estudos mediúnicos alicerçados no O Livro dos Médiuns, mas jamais deve engessar o conhecimento do mundo espiritual aos 5 livros do Pentateuco Espírita ou de meia dúzia de médiuns considerados espíritas.





O Espiritismo, doutrina dos espíritos, é o conhecimento básico da vida espiritual paraa todas as pessoas, pois todos são médiuns em menor ou maior grau e assim como as pessoas devem evoluir, deve também evoluir na sua estrutura de informações e conhecimentos a cerca da vida espiritual, dos espíritos e das colônias espirituais. A codificação não detém toda a verdade a cerca do mundo dos espíritos, mas tão somente a base, o pilar fundamental, que deve ser cuidado e inclusive reparado, para que o edifício onde está alicerçada a Doutrina Espírita permanece sempre firme, forte e, sobretudo, atualizado, evoluindo constantemente.


Kardec acentua esse caráter progressista:


"O Espiritismo, caminhando com o progresso, não será jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que estava no erro sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma nova verdade se revela, ele a aceita." (A Gênese, página 44 ou 45 dependendo da edição)


"Os Espíritos, por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade" (Revista Espírita 1864)


"A doutrina não foi de forma alguma ditada integralmente." (A Gênese capítulo 1, item 13)


"Não se contentem em dizer que isso não é assim, pois seria muito fácil; provem, não pela negação, mas pelos fatos, que isso não existe que nunca foi e não pode ser; se não existe, digam, sobretudo, o que haveria em seu lugar" (O Livro dos Espíritos, conclusão, item 5)


"Qual é o homem que pode gabar-se de possuir tudo, quando o círculo dos conhecimentos cresce sem cessar, e as idéias se retificam a cada dia?" (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 15)


"O Espiritismo não coloca como princípio absoluto senão o que está demonstrado como uma evidência, ou o que ressalta logicamente da observação.” (A Gênese, capítulo 1, item 55)


"Quem creia que tudo em nós não é só matéria, é Espiritualista, o que não implica, de nenhum modo na crença nas manifestações dos Espíritos. As manifestações espíritas são produzidas pela ação dos Espíritos sobre a matéria. – A moral espírita decorre do ensinamento dado pelos Espíritos. – Há espiritualistas que ridicularizam as crenças espíritas." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 32, Vocabulário Espírita)


"Espiritualismo: Diz-se no sentido oposto ao do materialismo. Crença na existência do espírito, que existe outra coisa em si além da matéria. O espiritualismo é a base de todas as religiões." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 32, Vocabulário Espírita)


Kardec em Obras Póstumas diz o que é Espírita:


"É Espírita, todo aquele que crê na;

- Pluralidade de existências;
- na pluralidade de mundos habitados;
- na transmigração das almas (espíritos);
- nas Leis de Causa e Efeito
- na reencarnação como justiça divina;
- e sob essa ótica pautar a sua reforma íntima.


Ou seja, todo aquele que crê nos itens acima e crê também na manifestação dos Espíritos (comunicação com os desencarnados através da mediunidade) é um Espírita.


De posse dessas informações, que todo o espírita busque estudar, analisar, conhecer, comparar os diversos conhecimentos da espiritualidade que chegam através de vários médiuns, não apenas os considerados espíritas e suas obras, como o Pentateuco Espírita ou os livros de Chico Xavier, mas também as informações que chegam através da Umbanda, da Apometria, de Ramatís, pois todo médium que milita junto a espiritualidade buscando desenvolver com segurança sua mediunidade nas bases do O Livro dos Médiuns e sobretudo busca esse intercambio com nobres motivos, não pode ser considerado “não espírita”. Já está mais do que na hora da Doutrina dos Espíritos quebrar as barreiras e separatismos criados pelos homens, pois os espíritos superiores trabalham, ajudam, e utilizam os médiuns independente se alguém os nomeia “espíritas”, “apômetras” ou “umbandistas”. Já está mais na hora de cada pessoa assumir a busca pelo conhecimento espiritual, não delegando isso a entidade ou federação, pois o controle universal do ensino dos espíritos cabe única e exclusivamente a cada pessoa, na própria busca interior pela evolução intelectual e moral desejando a evolução espiritual:




"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 17, item 4 - Os Bons Espíritas)



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quinta-feira, 25 de junho de 2015

PAI SE REVOLTA COM A MORTE DE CRISTIANO ARAÚJO E DESABAFA: "SERÁ QUE DEUS EXISTE?"





José Reis de Araújo lamenta falecimento do cantor sertanejo (Divulgação)

José Reis de Araújo, pai do cantor sertanejo Cristiano Araújo, falecido nesta quarta-feira (24) aos 29 anos de idade por conta de um acidente de carro, desabafou sobre o ocorrido em declaração ao portal “G1”.

“É uma tristeza muito grande. Será que Deus existe? Todos os dias faço uma oração pedindo que Deus acompanhe ele nas viagens. Entro no carro ou no avião e faço uma oração. Eu não estava com ele ontem? Será que Deus existe?”, desabafou o familiar do artista.

A irmã do músico, Ana Cristina de Melo, também lamentou sobre a tragédia que aconteceu na família. “Não acredito nisso. Meu irmãozinho do coração”, disse ela.

Acidente e velório

Cristiano Araújo se envolveu em um acidente de carro na altura do km 614 da rodovia BR-153, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina, em Goiás. Além do artista, a namorada dele, Allana Moraes, de 19 anos, também faleceu.

A assessoria de imprensa do cantor informou ao veículo que o velório será realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer, localizado em Goiânia. O horário ainda não foi definido pois depende da liberação do corpo de Cristiano.

Leia mais:
Sertanejo Cristiano Araújo e namorada morrem em grave acidente
Sertanejos que sofreram acidente de carro

Trajetória

Cristiano Araújo nasceu no dia 24 de janeiro de 1986 na cidade de Goiânia, Goiás. Além de cantor e compositor, ele também era instrumentista.

Aos 9 anos de idade já se apresentava em festivais e eventos na região em que morava. Aos 13 anos, gravou o primeiro álbum mas só estourou em 2011 com o lançamento do CD ‘Efeitos’.

Os maiores hits da carreira do artista foram as canções 'Mente pra Mim’, 'Maus Bocados’ e 'É Com Ela Que Eu Estou’. Com 4 discos lançados e 3 DVDs, Cristiano Araújo se apresentava em todo o Brasil e chamava atenção por conta do seu timbre forte e das músicas animadas que empolgavam multidões.


OBS: SEI QUE NUM MOMENTO DESSES MUITOS PAIS SE REVOLTAM E CULPAM DEUS OU DEIXAM DE ACREDITAR NELE EM DECORRÊNCIA DO QUE ACONTECEU COM SEUS FILHOS, NATURAL ESSE TIPO DE COMPORTAMENTO, MAS TODO MUNDO DEVE SABER QUE TEMOS A HORA CERTA PARA NASCER E TAMBÉM A HORA CERTA DE PARTIR AQUI DESSE PLANO, ISSO JÁ NASCEMOS SABENDO, NINGUÉM QUER ACEITAR A MORTE, MAS TUDO QUE NASCE, CAMINHA PRA MORTE, DESDE PLANTAS, ANIMAIS E TAMBÉM NÓS SERES HUMANOS, TEMOS QUE NOS RESIGNAR E ACEITAR A VONTADE DE DEUS, SABEMOS QUE TUDO TEM EXPLICAÇÃO ATRAVÉS DA DOUTRINA ESPÍRITA, QUE ESCLARECE MUITO SOBRES ESSES ACONTECIMENTOS E NOS DÁ CONFORTO NESSA HORA TÃO DIFÍCIL, O QUE É IMPORTANTE ENTENDER QUE O ESPIRITISMO, NÃO É SOMENTE UMA RELIGIÃO, ELE É UMA DOUTRINA DE VIDA, EU NÃO SOU ESPÍRITA, MAS TENHO A DOUTRINA COMO UMA FILOSOFIA DE VIDA EM QUE ACREDITO, MINHA RELIGIÃO É O AMOR, MAS ACREDITO EM DEUS E NA ESPIRITUALIDADE E SEI QUE NA VIDA TUDO É MAKTUB, OU SEJA, JÁ ESTAVA ESCRITO, ANTES MESMO DE NASCERMOS..

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A TERCEIRA REVELAÇÃO, A MORTE NÃO EXISTE - DOCUMENTÁRIO - VÍDEO:


A MORTE COMO CRENÇA LIMITANTE




Por que o homem teme tanto a morte, esse mistério que amedronta­ desde tempos imemoriais? Por que a experiência do “fim”, do “perder a vida” e do “expirar”, como definem os dicionários, provoca tanto medo e até mesmo pavor no ser humano?

Tantas são as representações da relação do homem com a morte quantas são as sociedades que existem ou existiram. Um estudo que buscasse desvendar todo esse saber já nasceria, irônicamente, morto. Isso porque teria, em alguma medida, as pretensões do pensamento positivista, antropocêntrico ao extremo e incapaz de atingir com rigor a própria proposta.

“A morte não é um acontecimento da vida. Não há uma vivência da morte. Se se compreende a eternidade não como a duração temporal infinita, mas como atemporalidade, então vive eternamente quem vive no presente, A nossa vida é infinita, tal como nosso campo visual é sem limites.“
LUDWIG WITTGENSTEIN (1889 – 1951) TRACTATUS LÓGICO-PHILOSOPHICUS, 6.4311.

Tal trabalho teria que contemplar todas as inúmeras áreas do pensamento humano que inváriavelmente pensaram na morte como objeto de seus estudos. Em outros termos, devemos nos lembrar que a morte aparece, por exemplo, na Antropologia como algo a ser representado, ritualizado; seria assim um estudo dos rituais de morte, o que não é pouca coisa e, em boa medida, implicaria toda a história e historiografia antropológicas.Todavia, perceber que a compreensão da morte constitui um enigma para a civilização não é mérito desses assuntos bastante atuais, como a Antropologia, a Sociologia ou a Psicanálise. Antes dessas especializações recentes, a cultura já buscara respostas sob outros pontos de vista.



FILOSOFIA: À PROCURA DA MORTE

Na raiz do pensamento dito ocidental e em toda história da filosofia, a morte sempre evocou as mais complexas discussões. Para os pré-socráticos, ela abrange a existência humana.Heráclito (540 a.C. – 470 a.C), por exemplo, parece inserir a morte em sua concepção cosmológica de oposições complementares. De tal forma que a morte é condição da vida. Assim, “cumpre admitir que a vida da alma individual, segundo Heráclito, termina na morte. A vida dos seres vivos na terra é efêmera, remetendo depressa à radical conclusão desta vida” . Chamado por alguns de “o obscuro”, Heráclito partiu, em seu pensamento, que atravessou os séculos apenas fragmentado, do ponto ao qual almejamos chegar: não se fala de vida se não pela morte, não se compreende a morte se não pela vida.

Platão (428 – 347 a.C), a seu turno, rompe com essa concepção da morte negando sua plenitude. É a origem do conceito de dissociação alma-corpo. Entre seus Diálogos encontra-se a famosa resposta de Sócrates, resoluto ante a iminência de sua morte, ao aborrecido Cebes: “É chegado o momento que eu exponha a vós, que sois meus juízes, as razões que me convencem de que um homem, que haja se dedicado ao longo de toda sua existência à filosofia, deve morrer tranqüilo e com a esperança de que usufruirá, ao deixar esta vida, infinitos bens” (Platão, Fédon, p. 124).

De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a Ressurreição. Já os espíritas crêem na Reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de Reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.A sobrevivência do espírito humano é morte do corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega,em especial em Pitágoras Plotino e Platão.Já Jean Paul Sartre,filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência.Para ele,não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte.

VAMOS ANALISAR ALGUMAS DOUTRINAS E SEUS CONCEITOS DE MORTE;

DOUTRINA NIILISTA

Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.(?)

DOUTRINA PANTEÍSTA

O Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a vida e volta,á massa comum universal.

DOGMATISMO RELIGIOSO

A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em ‘pecado'(?) irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso.(?)

BUDISMO

O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais(?). Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a transformações.

HINDUÍSMO

A visão hindu de vida após a morte é centrada na ideia de reencarnação.Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos,palavras e atitudes.Quando o corpo morre, ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal, dependendo de nossas ações(?), pois toda a ação corresponde á uma reação-Lei do Carma.Enquanto não atingirmos a libertação final–chamada de MOKSHA-passamos continuamente por mortes e renascimentos.Esteciclo é denominado RODA DE SANSARA, do qual só saímos depois de atingir a iluminação.

ISLAMISMO

Para o Islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos no último dia(?). As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação divina. Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno(?).

ESPIRITISMO

Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rápidamente. Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem discernimento do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o própriohomem.Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante evolução para o seu aperfeiçoamento moral.As almas dos mortos ligam-se umas às outras, em famílias espirituais, guiadas pela sintonia entre elas. Consequentemente, os lugares onde vivem possuem níveis vibratórios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, e outros mais felizes e plenos.Muitas escolas espiritualistas – não todas – defendem a idéia da sobrevivência da individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica, mantendo suas faculdades psicológicas intelectuais e morais.

CATOLICISMO

A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório(?). Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares.A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia(?) ensina que morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, vai para o inferno(?). Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para o purgatório(?), que não é um lugar, e sim uma experiência existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo Final(?), justos e pecadores serão separados para a eternidade. Deus julga(?) os atos de cada pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou através de Seu Filho(?), com os ideais de amor, fraternidade, justiça, paz, solidariedade e verdade.(!!)

JUDAÍSMO

O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida após a morte(?), e nem mesmo se existe de fato.O judaísmo é uma religião que permite múltiplas interpretações. Algumas correntes acreditam na reencarnação, outras na ressurreição dos mortos. Enquanto a reencarnação representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurreição é definida como o retorno da alma ao corpo original(?). Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem, abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as pazes com Deus(?). A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo(?).



ANALISANDO O FENÔMENO DA MORTE SOB O PONTO DE VISTA DA VIDA

Medo ancestral, recorrente, misterioso. Difícil quem não tem, mais difícil ainda quem já o superou. É um treinamento da mente, das emoções, dos conflitos internos, das crenças. Passar pela morte com a mesma naturalidade com que se passa pela vida deve ser a nossa meta. A morte é um evento tão natural quanto o nascimento, mas a encaramos ainda como tabu, sofrimento e falta de compreensão.Se olharmos a natureza e tudo à nossa volta, perceberemos que nada é estável, que tudo é impermanente e contínuo. Assim também somos nós: impermanentes e contínuos. Seguiremos de onde paramos. Por isso, é tão importante ressignificar os medos em torno desse momento para que se prossigamos da melhor maneira possível.

À medida que desconhecemos a nós mesmos, isto é, a nossa verdade essencial, alimentamos nossos medos internos e entre eles, o mito da morte. Portanto, nada mais “normal” quando definimos através de nossos dicionários o conceito de morte como sendo “fim”, porque tudo o que desconhecemos, tememos, e o que tememos por causar-­nos sofrimento á sua lembrança, esquecemos ou apagamos da memória. Nós, ocidentais civilizados, não estamos preparados para as mortes repentinas ou para os desaparecimentos prematuros. Esses fatos nos chocam e nos comovem. Sentimos a “perda” como algo abstrato que não compreendemos e, que muitas vezes, atribuímos à fatalidade ou ao azar.

Portanto, dependentes da cultura do medo da morte que nos acompanha desde os mais remotos tempos como sendo um trauma a bloquear a passagem do conhecimento, impedindo um melhor nível de compreensão, permanecemos órfãos e ignorantes de seu profundo significado, vindo buscar na religião e na filosofia, algo que explique a nossa angústia. E para compreendermos a MORTE, temos que compreender o significado da VIDA porque, ciclicamente, uma coisa está relacionada à outra. E compreender o significado da vida requer perceber o nosso verdadeiro papel inserido nela, porque apesar de sermos parecidos não somos iguais, pois representamos capítulos à parte na história da Humanidade. Quando começarmos a compreender o verdadeiro significado da vida como sendo o exercício do AMOR em todos os seus níveis humanamente possíveis, estaremos, naturalmente, processando e, acima de tudo, sentindo o que a vida representa para o espírito e que a evolução é a nossa meta.



Nós, ao contrário, evitamos conversas sobre a morte, o que reforça ainda mais os obstáculos que cada pessoa carrega. Naturalmente porque fomos educados de outra forma. Mas hoje é possível encarar a vida com mais franqueza, verdade, simplicidade, objetividade.Podemos a cada dia, a cada instante, experimentar um tipo de morte em nós. Sentir a morte de várias maneiras, a morte de uma mente, de uma emoção, de um apêgo, de uma crença. Deixar morrer opiniões, formas de ver a vida, entendimentos, conhecimentos, julgamentos, distorções, críticas, desequilíbrios. Morrer para a tristeza, a derrota, o pessimismo, o preconceito. Morrer e morrer para aquilo que não serve mais, deixar ir, viver aqui, acordar. Abrir os olhos, ver a vida em tudo, a beleza, o colorido, o pulsar inesgotável, a energia constante. Sentir que isso não cessa e, se não cessa, não há o que temer. É um sopro, um suspiro, uma brisa leve. Inspira, expira, aqui e agora. Assim, logo após a morte, será AGORA novamente. É a vida que segue, sempre segue, não há morte então. Se há vida sempre, a morte é a nossa grande ilusão.




REVENDO O NOSSO SISTEMA DE CRENÇAS:CONCLUSÃO

Comecemos com uma autopesquisa percorrendo o que tange o universo dos nossos pensamentos, observemos quais deles agem como mandatos sobre nós, jogando-­nos para fora de nossas reais capacidades e, portanto, de nosso prazer de existir com competência. Observemos o quanto que somos influenciados pelo que as pessoas pensam de nós, o quanto nos deixamos sermos julgados pelos outros, o quanto julgamos, o quanto não fazemos o que gostamos e o quanto não permitimos que outros sejam o que realmente são… CRENÇAS SÃO LENTES COLORIDAS QUE NORTEIAM O CAMINHO EXISTENCIAL DE CADA UM. Têm o poder de trazer saúde, alegria e vida. Se formos sérios na nossa autopesquisa e mudança de contexto, na certa poderemos mudar nossas vidas para muito melhor ­. O poder das crenças, aliado á um foco sério, somado à força da intenção de nossos desejos mais genuínos, tem alcance de ações e materializações ilimitadas.

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Nós da “Luz é Invencível” com mais este tema, estamos disponibilizando mais informações para serem avaliadas por cada um ,respeitando cada crença, cada conceito, pois sabemos que o assunto faz parte de todas as vidas humanas,independente da religião e filosofia que cada um tenha adotado para si.Levamos em consideração ao fazer este texto, que cada um de nós, experencia esse fato na vida de formas diferentes,portanto , a experiência conta bastante quando vamos formar alguma idéia/pensamento do assunto.O mais importante para nós é a questão da desmistificação do fato , aumentando o nível de consciência sobre a VIDA.

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“A tua vida não termina no túmulo. Com esta consciência, aprende para a eternidade, reunindo valores que jamais se consumam. Toda lição que liberta do mal se incorpora à alma, como força de vida indestrutível. Fosse a morte o fim da vida, sem sentido seria o universo. A criação se esmaeceria e o ser pensante estaria destituído de finalidade. Tudo, porém, conclama o ser à glória eterna, à continuidade do existir, ao progresso incessante. Estuda e trabalha sem cessar, com os olhos postos no teu futuro espiritual, vivendo alegre hoje, e pleno, sempre”. ~Joana de Ângelis

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Divulgação: A Luz é Invencível

sábado, 20 de junho de 2015

REENCARNAÇÃO: ASPECTOS HISTÓRICOS E CIENTÍFICOS




Reencarnação: aspectos históricos e científicos


Reencarnar é tornar à vida física, renascer em outro corpo. Essa é a ideia central de diversas doutrinas religiosas, principalmente as orientais. No ocidente, a teoria da reencarnação é amplamente divulgada pelo Espiritismo. Para compreender a pluralidade das existências é necessário crer na imortalidade da alma.

Segundo a Doutrina Espírita, a pluralidade das existências é a prova da misericórdia divina. Somente através da reencarnação temos a oportunidade de progredir moralmente, corrigindo nossas imperfeições e aperfeiçoando nossas qualidades. A reencarnação constitui, pois, uma Lei natural.

A passagem dos Espíritos pela carne é assim justificada pelo Espiritismo:


132. Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos?

— Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea; nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir. (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)

A reencarnação não partiu do Espiritismo

A doutrina das vidas sucessivas, também chamada de Palingenesia, do grego Palin (novo) e gênese (nascimento), relaciona-se com a história das antigas civilizações. Os primeiros registros acerca da reencarnação partem dos hindus 5.000 anos a.C. Um pouco mais tarde, os egípcios também fizeram anotações sobre o tema: “Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim”. (Papiro egípcio, 3.000 a.C.)

Os grandes pensadores, precursores do Espiritismo e da ideia cristã, discutiram amplamente a questão em suas escolas filosóficas. Pitágoras dizia ser a reencarnação de Euforbo, filho de Panto, que foi morto por Menelau na Guerra de Troia:


"A alma nunca morre, mas recomeça uma nova vida, muda de domicílio, tomando uma outra forma. Quanto a mim, já fui Euforbes, no tempo da guerra de Troia e lembro-me perfeitamente bem do meu nome e dos meus pais, bem como fui morto em combate com o rei de Esparta... Mas embora vivendo em vários corpos, a alma é sempre a mesma, pois só muda a forma.” (Pitágoras 572 - 492 a.C.)

Sócrates, considerado por muitos o maior filósofo do mundo ocidental, também expressou seu pensamento em relação ao assunto. Apesar de não deixar nenhum documento registrado, seus ensinamentos foram anotados e imortalizados por seus discípulos: “Estou convencido de que vivemos novamente e que os vivos emergem dos que morreram e que as almas dos que morreram estão vivas”. (Sócrates, 469 - 399 a.C.)

Platão, que fora fortemente influenciado por Sócrates e Pitágoras, tornou-se o grande divulgador da doutrina da reencarnação. Seus registros são apontados por diversos teólogos para justificar o objeto em questão: "Ó tu, moço ou jovem que te julgas abandonado pelos deuses, saiba que, se te tornares pior, irás ter com as piores almas, ou se melhor, irás se juntar às melhores almas, e em toda sucessão de vida e morte farás e sofrerás o que um igual pode merecidamente sofrer nas mãos de iguais. É esta a justiça dos céus". "Aprender é recordar." (Platão, 427 - 347 a.C.)

A reencarnação como dogma judeu

Em Israel existiam duas escolas filosóficas que dominavam a classe espiritual da época, os fariseus e os saduceus. A primeira, formada por representantes de classe média, era mais flexível e acreditava na reencarnação, mas utilizava o termo ressurreição para designar a ideia do retorno da alma à vida física. "Eles [os fariseus] também acreditavam que as almas tinham uma força imortal dentro delas e que sob a terra elas serão premiadas ou punidas, segundo elas tivessem vivido virtuosamente ou em vício esta vida; e estas últimas são mantidas numa prisão eterna, ao passo que as primeiras terão o poder de viver novamente." (Flávio Josefo - Antiguidades)

Já os saduceus, em menor número, eram representados pela alta sociedade. Seus membros eram conservadores e não acreditavam, de forma alguma, na imortalidade da alma e por consequência na reencarnação.

Mas por que mencionar aqui as crenças judaicas?

A resposta é simples, Jesus era judeu e antes de iniciar suas pregações provavelmente tenha recebido a mesma formação religiosa de seu povo. O Evangelho de Lucas nos conta que aos 12 anos Jesus viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa judaica; esse fato pode demonstrar o contato de Jesus com a religião judaica.

Jesus e a reencarnação

Muito se debate sobre os ensinamentos de Jesus. Cada religião enfatiza aquilo que melhor lhe convém, utilizando os registros bíblicos para fundamentar suas crenças. Partindo desse pressuposto, podemos citar algumas passagens bíblicas que podem ser relacionadas à doutrina da reencarnação.

Analisemos um trecho bíblico que referencia o diálogo entre o Nazareno e um doutor da lei judaica, Nicodemos: “Em verdade, em verdade vos digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Perguntou-lhe, então, Nicodemos: Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo aquele que é nascido do espírito”. (João, capítulo III, vv. 1 a 12.)

Nesse trecho, Jesus demonstra que é preciso nascer novamente para adentrar o reino de Deus, ou seja, para se chegar à perfeição. Este é o princípio da pluralidade das existências.

Outro segmento bíblico que nos fornece subsídios para confirmar a hipótese de que Jesus falava sobre reencarnação diz respeito à sua explicação aos apóstolos com relação a Elias e João Batista: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem. Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara”. (Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13 e Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)

Ora, aqui nos parece muito clara a ideia da transmigração da alma. Se João Batista era Elias, este fato só pode ser explicado pela reencarnação, pois João Batista e Elias foram duas pessoas distintas, com corpos físicos diferentes. Se a crença da doutrina da reencarnação fosse contrária aos ensinamentos de Jesus, certamente ele a teria combatido, como fez com tantas outras crenças conservadoras.

A reencarnação como crença do Cristianismo primitivo

Alguns estudiosos defendem que a teoria da reencarnação era aceita entre os cristãos primitivos. De fato, teólogos famosos e doutores da igreja como Orígenes, São Clemente, São Jerônimo e até mesmo Santo Agostinho explicitaram suas opiniões em favor da pluralidade das existências:



“Toda alma vem para este mundo fortalecida pelas vitórias ou enfraquecida pelas derrotas da sua vida anterior. Seu lugar neste mundo é determinado pelos seus méritos ou deméritos anteriores. Seu trabalho neste mundo determina o seu lugar no mundo que se seguirá após este.” (De Principiis e Contra Celsum - Orígenes)

"Não terei eu vivido em outro corpo, em alguma outra parte, antes de entrar no útero de minha mãe?" (Confissões - Santo Agostinho)

A proposta das vidas sucessivas teria resistido até o ano 553, quando o imperador Justiniano convocou o 2º Concílio de Constantinopla para combater as ideias de Orígenes, que eram adotadas pela Igreja.

Por que Justiniano interveio em uma questão religiosa?

Acredita-se que sua esposa, a imperatriz Teodora, antes de se casar, teria sido uma prostituta. Para que este fato não comprometesse sua reputação, Teodora determinou o assassinato de todas as prostitutas da região, aproximadamente quinhentas. Esse fato causou muita revolta nos cristãos que eram reencarnacionistas; eles a acusaram de assassinato. Muitos passaram a comentar que Teodora teria de retornar à vida quinhentas vezes para pagar pelos crimes cometidos. A imperatriz, por sua vez, passou a odiar a doutrina da reencarnação e, por isso, solicitou ao marido que tomasse uma atitude com relação ao fato. O imperador, que havia iniciado uma perseguição a Orígenes desde o ano de 543, organizou o concílio e ordenou de forma autoritária que qualquer ideia relacionada à reencarnação fosse banida do Cristianismo.

A realização desse concílio não contou com a presença de todos os bispos. Os representantes de Roma e a grande maioria do bispado ocidental não participaram da assembleia. Desse modo, Justiniano conseguiu facilmente a aprovação de seus interesses. Os participantes do concílio resolveram, portanto, substituir a crença na reencarnação pela crença na ressurreição. A decisão final do 2º Concílio de Constantinopla que diz respeito ao assunto é a seguinte: “Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, consequentemente estranha, de sua volta, seja anátema”.

Esta decisão reflete até hoje na doutrina cristã. O governo de Justiniano mudou o rumo do Cristianismo de forma significativa. A Igreja de Roma alterou o discurso e acabou por influenciar as doutrinas protestantes.

Por esse motivo, a espiritualidade maior trabalha para fortalecer o Espiritismo, que surge com a proposta de resgatar o Cristianismo primitivo.

A reencarnação aos olhos da ciência

Existem diversas pesquisas científicas sobre reencarnação em todo o mundo, inclusive no Brasil. Um dos maiores e mais complexos estudos realizados até agora fora sediado na Universidade de Virgínia nos Estados Unidos. Um grupo de pesquisadores, inicialmente liderado pelo psiquiatra Ian Stevenson, que morreu em 2007, estuda há décadas os casos em que pessoas dizem recordar suas vidas pregressas. Dr. Stevenson passou 37 anos registrando e analisando testemunhos de crianças que alegavam ter lembranças nítidas de outras vidas. Alguns registros, de fato, impressionam.

Crianças que desde muito cedo despertam talentos inatos para diversos campos do conhecimento são consideradas um mistério aos olhos da ciência. Pequenos gênios como Mozart, que compôs sua primeira canção aos 5 anos de idade, e tantos outros exemplos de miúdos com conhecimento incomum, ainda permanecem inexplicáveis.

Não seria mais justo admitir que exista um conhecimento anterior que possa justificar esses talentos? Como crianças que nem foram alfabetizadas desenvolvem complexas habilidades em diferentes áreas, lembrando-se de situações alheias à presente existência?

Foram essas observações que instigaram as pesquisas de Dr. Stevenson, as quais resultaram na publicação de materiais científicos e alguns livros sobre o tema. Parte da comunidade científica, entretanto, não vê com bons olhos a possibilidade da comprovação científica da reencarnação. A justificativa é que os estudos sobre o tema são geralmente baseados em evidências narradas, relatos de pessoas e comparações. A dificuldade em levantar provas concretas é muito grande, pois comumente existem intervalos consideráveis entre uma reencarnação e outra. Não existiria, segundo tal ideia, nada "palpável".

Outro problema encontrado e citado muitas vezes pelo Dr. Stevenson é que seus colegas cientistas acreditam nas teorias materialistas como verdades absolutas e não estão abertos a novas possibilidades de estudo. "Se ainda existisse tribunal de inquisição, certamente os cientistas que se dedicam a esse tipo de pesquisa, seriam queimados na fogueira por heresia." (Ian Stevenson)

É importante lembrar que Galileu também foi rechaçado por sustentar a ideia de Copérnico de que os corpos celestes giravam em torno do sol. O mesmo acontece hoje com tantos outros assuntos; a reencarnação é apenas um deles. A diferença é que hoje ninguém está condenado à morte por defender suas opiniões, como na época de Galileu.

Apesar de todas as dificuldades, Dr. Stevenson conseguiu despertar o interesse de boa parte dos cientistas para o assunto. As pesquisas prosseguem e a cada dia crescem as expectativas para a comprovação científica da pluralidade das existências, apesar de que, para alguns, as evidências são irrefutáveis.



Referências:

A Reencarnação no Evangelho - Hugo Alvarenga Novaes

Cristianismo e Espiritismo - Léon Denis

O Evangelho segundo O Espiritismo - Allan Kardec

O Livro dos Espíritos - Allan Kardec

Twenty Cases Suggestive of Reincarnation - American Society For Psychical Research. Versão Em Português, da Editora Difusora Cultural.



CARTA PSICOGRAFADA DA CANTORA CÁSSIA ELLER:





Cantora faleceu há 14 anos, vítima de parada cardíaca (Divulgação)

Uma suposta carta escrita pelo espírito de Cássia Eller, falecida em 2001 depois de sofrer quatro paradas cardíacas, e psicografada por um médium do Rio de Janeiro está dando o que falar na internet.

No início da mensagem, a artista afirmou que sofreu por um tempo em um lugar semelhante ao inferno. “Se eu disser para vocês que o inferno existe, acreditem, pois eu estava mergulhada nele, de corpo e alma, num espaço sombrio e frio, bem interno do ser, dos pés à cabeça, sem tempo, sem luz, nem descanso e afogava-me, a cada segundo, num oceano de matéria viscosa que roubava até minha ilusória alegria”.


Segundo disse ao jornal “Extra” o presidente do Lar Frei Luiz, Wilson Pinto, a mensagem foi recebida por um médium no início de maio, durante uma reunião de dependência química. “Não é a primeira desse tipo que recebemos. Já recebemos do Chorão, do Cazuza. É verdadeira. O que não é de nosso costume é a divulgação dessas psicografias, é um assunto interno da casa, não deveria ter vazado”, ressaltou ele.


Depois de passar por um período de trevas no mundo extra-físico, o suposto espírito de Cássia relatou que encontrou a paz e também o amigo Cazuza, falecido em 1990. “Despertei numa tarde serena, num campo verdejante e calmo. Não acreditava no que via, pois tudo, agora, parecia um sonho. Alguém me tocava, de leve, os ombros e chamava-me pelo nome, como se me conhecesse há muito tempo. Eu identifiquei aquela voz e ‘temia’ olhar para trás e confirmar minha impressão auditiva, era Cazuza, todo de branco, como lindo enfermeiro. Não consegui me levantar, porque uma enxurrada de lágrimas vertia dos meus olhos“.


Leia na íntegra a suposta carta escrita por Cássia Eller:

“Se eu disser para vocês que o inferno existe, acreditem, pois eu estava mergulhada nele, de corpo e alma, num espaço sombrio e frio, bem interno do ser, dos pés à cabeça, sem tempo, sem luz, nem descanso e afogava-me, a cada segundo, num oceano de matéria viscosa que roubava até minha ilusória alegria… Naquele lugar não havia luz, somente nuvens cinza e chuvas com raios e trovões, gritos estridentes e desesperados, gemidos surdos, pedidos de socorro, lágrimas, desalento, tristeza e revolta.

Preciso descrever mais as cenas dantescas de animais que nos mastigavam e, em seguida, nos devoravam sem consumir nossos corpos; se é que posso dizer que aquilo, que sobrou de mim, era um corpo humano. Queria fugir para bem longe dali, mas tudo em vão, quanto mais me debatia no fluido grudento, mais me afundava e, quando alcançava, de novo, a superfície apavorante, mãos e garras afiadas faziam-me submergir naquele líquido pastoso e mal cheiroso.

Dragões lançavam chamas de suas bocas sujas e nos queimavam, machucando e estilhaçando a pouca consciência que me restava da lembrança de minha estada no corpo físico, neste planeta azul. Guardiões das trevas olhavam atentos seus presos e vigiavam todos os movimentos realizados naquele imenso espaço de sofrimentos, dores, lamentos, depressões, angústias e arrependimentos tardios… O ar era ácido e provocava convulsões diversas.

Perguntava-me porque ali estava se nada fizera por merecer tão infeliz destino, depois de ser expulsa do corpo de carne através do uso maciço de drogas. A dúvida assaltava-me os raros momentos de raciocínio menos desequilibrado e as crises de abstinência trancavam todas as portas que dariam acesso à saída daquele campo de penitência de espíritos rebeldes e viciados com eu.

Os filmes de horror que assisti, quando encarnada, estariam ainda muito distantes dos padecimentos, pânicos, pavores e temores que ficariam para sempre registrados na minha memória mental, os piores dias que vivi até hoje, como joguete e marionete de forças que me escravizavam o ser, debilitado, fraco, desprovido de energias, suja, carente e chorosa.

Não me lembrava do que acontecera comigo… Quando o medo é maior que as necessidades básicas, a mente fica encarcerada num labirinto hipnótico e “torporizante” de emoções truncadas e desconectadas da realidade… Assemelha-se a um pesadelo sem fim, sempre com final trágico e apavorante. Quando conseguia conciliar um pequeno tempo de sono; era imediatamente desperta por seres que me insultavam e xingavam, acusavam-me de suicida maldita e jogavam-me lama misturada com pedras… Insetos e anfíbios ajudavam a traçar o perfil horrendo dos anos que passei no umbral. Preciso escrever estas palavras para nunca mais me esquecer: Com o fenômeno da morte, nós não vamos para o umbral, nós já estamos no umbral quando tentamos forjar as leis maiores da criação com nossas más intenções e tendências viciantes.

Tudo fica registrado num diário mental que traça nosso destino futuro, no bem ou no mal. O umbral não fora criado por Deus; ele é de autoria dos espíritos que necessitam de um autêntico e genuíno estágio educativo em zonas inferiores, onde poderão se depurar de suas construções aleijadas no campo dos sentimentos e dos pensamentos disformes, mal estruturados e mal conduzidos por nossa irresponsabilidade, de mãos dadas com a imensa ignorância que nos faz seres infelizes e distantes da tão sonhada paz de consciência.

Após alguns anos umbralinos, despertei numa tarde serena, num campo verdejante e calmo. Não acreditava no que via, pois tudo, agora, parecia um sonho… Percebi, ao longe, o canto de uma ave que insistia em acordar-me daquele pesadelo no qual já me acostumava a viver; a morrer todos os dias… Seu canto era uma música que apaziguava meu coração e aguçava meus pensamentos na lembrança de como fui parar ali naquele campo gramado e repleto de árvores. Consegui sentar-me na relva e ao olhar todo aquele espaço natural, deparei-me com milhares de outros seres como eu, nas mesmas condições de debilidade moral, usufruindo, agora, de um bem que não merecia, mas vivia ! Todos nós dormíamos e fomos despertos com música e preces em favor de todos os presentes…

A maioria era de jovens e adultos, poucos idosos e centenas de enfermeiros que olhavam atentos para nossos movimentos no gramado. Com seus olhos serenos, projetavam em nós a mansidão e a paz tão esperadas por nossos corações enfermos, débeis e carentes de atenção, de afeto e carinho.

Alguém me tocava, de leve, os ombros e chamava-me pelo nome, como se me conhecesse há muito tempo. Eu identifiquei aquela voz e “temia” olhar para trás e confirmar minha impressão auditiva, era Cazuza todo de branco, como lindo enfermeiro, de cabelos cortados bem curtos e estendia suas mãos para que eu levantasse, caminhasse e conversasse um pouco em sua companhia. Não consegui me levantar, porque uma enxurrada de lágrimas vertia dos meus olhos, como nascente de rio descendo a montanha das dores que trazia no peito. Meu ídolo ali estava resgatando e cuidando de sua fã, debilitada e muito carente. Ele cantou pequena canção e tive a capacidade de avaliar o que Deus havia reservado para aqueles que feriam suas leis e buscavam consolo entre erros escabrosos e desconcertantes.

A misericórdia divina sempre conspira a nosso favor, nós desdenhamos do amor divino com nossas desatenções e desequilíbrios das emoções comprometedoras, que arranham e esmagam as mais puras sementes depositadas no ser imortal. Aprendi palavras boas ! Somente agora enxergo que sou espírito e que a vida continua e precisa seguir o curso natural das existências, como na roda-gigante: hora estamos aqui no alto; hora estamos aí embaixo encarnados. Daqui de cima, parece ser mais fácil compreender porque temos de respeitar as leis e descer num corpo físico para, igualmente, quando aí estivermos, conquistarmos, pelo trabalho no bem, a lucidez que explica porque há a reencarnação, filha da justiça divina.

Após um tempo no campo reconfortante, fui reconduzida para um hospital onde me recupero até hoje dos traumas e cicatrizes que criei no corpo do perispírito. As lesões que provoquei foram muito graves, passei por várias cirurgias espirituais e soube que minha próxima encarnação será dolorosa e expiarei asma, deficiência mental e tuberculose. Mesmo assim, estou reunindo forças para estudar, pois sempre guardamos, no inconsciente, todos os aprendizados conquistados. Reencarnarei numa comunidade carente no interior do Brasil e passarei por muitos reveses, para despertar em mim o valor da vida do espírito na pobreza e na doença crônica. Peço orações e a caridade dos corações que já sabem o que fazem e para onde desejam chegar. Invistam suas forças e energias espirituais em trabalhos de auxílio ao próximo e serão, naturalmente, felizes. Obrigada por me aceitarem como necessitada que sou!”

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